"Não confunda derrotas com fracasso, nem vitórias com sucesso. Na vida de um campeão sempre haverá algumas derrotas, assim como na vida de um perdedor sempre haverá vitorias. A diferença é que, enquanto os campeões crescem nas derrotas, os perdedores se acomodam nas vitórias. - Rogerio Ceni

terça-feira, 29 de setembro de 2009

A ENTREVISTA DA SEMANA COM:



António Luís Monteiro Jeremias dos Santos - 53 anos, fundador do clube e seu actual presidente da direcção. Foi com este homem afável, determinado e com enorme espírito de missão que fizemos questão de iniciar este ciclo de entrevistas.
Nada melhor, para este espaço, do que dar voz a todos aqueles que de forma desinteressada e muitas vezes escondida nos bastidores da vida do nosso clube, dão o seu melhor em prol do mesmo. Esta entrevista é também uma justa homenagem a este Homem que dedicou parte da sua vida a servir o próximo - Obrigado Luís
CAPR – Sabendo que foi fundador do clube, que análise faz aos 35 anos de existência do mesmo?
ALS – A análise é positiva. O nossos percurso ao longo destes 35 anos foi direccionado para a cultura através de realizações como jornais de parede, exposições, festivais da canção, arraiais, concursos, colóquios, etc. e desportos como xadrez; pesca desportiva, motocross; ralis; futebol de 11, futebol de salão e claro futsal, a vida do clube tem sido preenchida com muitos bons momentos.
CAPR – Quais as grandes diferenças estruturais que verifica na vida desportiva do clube, comparando o ano da sua fundação em 1974 e a actualidade?
ALS - Não tínhamos sede social nem estruturas desportivas, fomos acompanhando a evolução dos tempos no país, mas a organização, responsabilidade e carolice mantêm-se ao longo do tempo.
CAPR – O que o move para servir ao longo de décadas o Académico?
ALS -O espírito de missão de servir a população, em especial os jovens dando vida a um clube que ajudei a fundar.
CAPR – Quantos anos já tem de director e de presidente?
ALS - Como director uns 28 anos nos diversos cargos. Há 5 anos atrás assumi o cargo que me faltava.
CAPR – Quais os objectivos para este mandato? Quais os projectos?
ALS -Os de sempre fazendo o melhor possível formando e servindo. Quanto aos projectos existem alguns na gaveta, inviabilizados pela crise financeira do clube.
CAPR – Qual a situação económica/financeira do clube?
ALS -Péssima, em défice negativo nos últimos tempos, motivada pela crise em geral, o clube sente grandes dificuldades para fazer face aos compromissos e necessidades que vão acontecendo.
CAPR – Quantos sócios tem o Académico? O que tem para lhes dizer? E para todos aqueles que ainda o não são?
ALS -O CAPR tem cerca de 150 sócios. Sejam mais activos e participativos para que o clube possa ser mais dinâmico e diversificado nas actividades. Para os que não o são, temos condições para ponto de encontro, convívio e lazer.
CAPR – A sede que o clube tem para receber todos os seus associados e simpatizantes, apesar de cómoda, já tem bastantes anos e precisa de se ajustar aos tempos actuais. Não sente necessidade em serem criadas novas instalações?
ALS -Esse é um dos projectos de gaveta para o qual nos sentimos impotentes sem a ajuda da autarquia e município, partes interessadas também em libertar o terreno em que a nossa sede se situa, mas que as prioridades e crise financeira que vivem todos os municípios do país inviabilizam para já a sua concretização.
CAPR – Quais os apoios institucionais que o clube tem recebido?
ALS -Da Junta de Freguesia, para além da disponibilidade do poli desportivo situado junto á nossa sede, são raríssimos alegando a mesma limitações orçamentais. Já da Câmara Municipal da Maia recebemos um subsídio anual definido por critérios criados pela Câmara, disponibilidade de transporte para deslocações nem sempre a nosso contento porque existem mais clubes e associações no concelho a solicitar este serviço, participação nas inscrições de atletas na Associação de Futebol do Porto e a maior ajuda que é a concessão gratuita do espaço desportivo para treinos e jogos, o pavilhão municipal de Moreira.
CAPR – Está satisfeito com a realidade social e desportiva do clube ou ambiciona chegar mais à frente?
ALS -Sinto-me minimamente satisfeito, mas seria comodismo da minha parte se não ambicionasse levar o clube a patamares mais elevados, tarefa extremamente difícil de realizar na conjuntura actual.
CAPR – Porque sente orgulho em representar o Clube Académico de Pedras Rubras?
ALS - O CAPR é a minha vida desde os meus 18 anos e o veículo que me faz sentir útil á sociedade, está no meu coração como um filho que ajudei a nascer e criar e de todos os sonhos de miúdo (sonhava ser fundador e peça activa num clube) foi aquele que consegui concretizar.
Obrigado presidente

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