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"Não confunda derrotas com fracasso, nem vitórias com sucesso. Na vida de um campeão sempre haverá algumas derrotas, assim como na vida de um perdedor sempre haverá vitorias. A diferença é que, enquanto os campeões crescem nas derrotas, os perdedores se acomodam nas vitórias. - Rogerio Ceni
CAPR – Desde quando estás no clube, como chegaste a nós e qual a sensação de seres treinador do Académico?
JP – Esta é a terceira época que sirvo o clube. A forma como cheguei ao Académico foi muito simples pois conhecia o Moreira e o Manuel Costa do tempo em que também fui treinador no Monte das Pedras. O convite foi feito e aceitei com agrado. Estar no Académico é ter a sensação de nunca termos o nosso trabalho concluído, pela exigência que colocamos no nosso trabalho e pela constante evolução que fazemos questão de impor a nós próprios. Mais importante do que já referi é verificar que os homens do amanhã tem na sua formação social e desportiva alguma coisa que humildemente lhes transmitimos. É muito gratificante.
CAPR- Qual a tua opinião sobre o clube na sua vertente desportiva?
JP – Ao longo da minha vida desportiva, já passei por alguns clubes e com todo o respeito e admiração pelos mesmos, não tive as mesmas sensações que tenho no Académico. O nosso clube tem uma mística muito especial que cria raízes inesquecíveis a todos aqueles que o representam. A dedicação em exclusivo à formação faz com que os nossos jovens, desde tenra idade, aprendam a viver o clube de forma mais interiorizada e a nutrir um amor muito próprio pelo Académico e sua gente. Por arrastamento, os seus pais e familiares juntam-se a esta causa com dedicação e carinho. Quem passa pelo Académico nunca mais esquece e dificilmente vemos os nossos atletas a quererem abandonar o clube na procura de outros que lhes possam oferecer melhores condições. Contrariamente a estes, nós por cá não procuramos ninguém que venha de fora, preferimos aceitar todos aqueles que nos procuram.
CAPR – A nova metodologia de treino aliada ao modelo de jogo a praticar, como está a ser interpretada pelos teus atletas?
JP – Qualquer alteração é sempre vista com alguma apreensão e normalmente no seu início cria algumas dificuldades. Nós treinadores, temos que nos apresentar muito bem informados e seguros do trabalho que temos a desenvolver. Foi desta forma que nos preparamos e assim foi fácil transmitir aos nossos jovens as novas ideias. Tudo está a correr muito bem e em franca evolução.
CAPR – Qual a avaliação qualitativa que fazes ao teu plantel?
JP – O plantel é um misto de atletas que fazem o seu 2º e ultimo ano neste escalão e outros que vieram das escolas. Os mais velhos e mais experientes são aqueles que podem trazer uma mais valia ao grupo, o que tarda
Em resumo, estou contente com todo o plantel mas nunca satisfeito porque dificilmente me acomodo com o já conseguido.
CAPR- Apesar de estares satisfeito com o grupo que dispões, sentes necessidade de ainda o vires a reforçar?
JP – Todas as semanas somos reforçados com mais trabalho, dedicação e qualidade. São estes os reforços que vou continuar a receber de todos os meus atletas. Não tenho a menor dúvida. Há ambição em todo o grupo e muita humildade para aprender todos os dias.
CAPR- Quais são os objectivos desportivos para a época 2009/2010?
JP – Os objectivos que este grupo traçou no inicio desta época passam por atingir uma classificação melhor do que na época anterior ou seja o 6º lugar. Neste momento estamos muito bem posicionados e a discutir os primeiros 4 lugares da tabela classificativa. Há muito campeonato pela frente e obviamente que acredito no meu grupo de trabalho mas sem euforias. Um jogo de cada vez e vamos analisando até onde poderemos chegar.
CAPR- Na tua perspectiva, quais são os principais favoritos na subida de divisão?
JP – Vamos continuar a assistir a um campeonato muito equilibrado nos lugares cimeiros mas sem dúvida que o Póvoa Futsal é a equipa melhor posicionada não só pela sua classificação actual mas essencialmente pelo futsal que pratica. Depois teremos a Cave 94, o Caxinas, os Ases de Leça e a Juv. de Malta que tem muitas hipóteses de discutir um lugar na subida de divisão.
CAPR – Como te defines como treinador?
JP – Muito sinceramente, a palavra treinador na minha opinião implica um conjunto de factores que não se enquadram no meu perfil e nos meus objectivos no desporto. Ando nisto porque adoro o futsal mas não tenho qualquer objectivo de progressão na “carreira”. Sou apelidado de treinador porque a A.F.P. assim obriga. Perante isto prefiro definir-me como pessoa – sou humilde para aprender e exigente para ensinar. Tenho um defeito – gosto de tudo na perfeição. Todos os meus atletas sabem que sou assim mas também o melhor amigo deles em todas as situações.
Carlos Vale, 37 anos, actual treinador da nossa equipa de iniciados é o nosso entrevistado desta semana. Profunda dedicação ao nosso clube aliada à sua competência como treinador são os factores determinantes neste homem que gere a sua vida pessoal e desportiva com humildade e honestidade intelectual. A alegria que transmite, a todos aqueles que com ele convivem mais de perto é contagiante e aglutinadora. É sua caracteristica defender com alma os interesses do clube e em particular da sua equipa e dos seus atletas o que por vezes faz dele um homem sofrido com as derrotas mas acima de tudo com alguns comentários menos felizes à sua pessoa quanto à sua fibra e à forma como dirige as suas equipas. Exigência , competência e inteligência são aspectos determinantes que tenta incutir aos seus atletas com sabedoria e responsabilidade. Para o Carlos Vale, endereçamos um forte abraço e uma mensagem de amizade - Nunca deixes de ser quem és.
CAPR – Apesar de muitos anos a servires o clube, qual a sensação de seres treinador do Académico?
CV - Ao fim de 14 anos nunca dei muita importância a palavra treinador, mas sim a palavra dedicação.
CAPR – Como te defines como treinador?
CV - A minha definição como treinador, passa principalmente pelo trabalho e humildade, apesar de eu considerar a frase saber ouvir como uma das mais importantes. Essa imagem é aquela que tento passar para todos os atletas e colegas.
CAPR- Qual a tua opinião sobre o clube na sua vertente desportiva?
CV - A vertente do Académico sempre primou pela formação dos jovens. É um trabalho que requer muita paciência e gosto, mas ao mesmo tempo aliciante porque vemos que a árvore que foi plantada , mais tarde começará a dar os seus frutos.
CAPR– A nova metodologia de treino aliada ao modelo de jogo a praticar, como está a ser interpretada pelos teus atletas?
CV - Como qualquer situação nova, é normal inicialmente eles sentirem alguma dificuldade, mas a mensagem que lhes é transmitida é para acreditarem naquilo que fazem.
CAPR– Qual a avaliação qualitativa que fazes ao teu plantel?
CV - É um plantel com qualidade, onde eu acho que a sua maior força está no colectivo.
CAPR- Estás satisfeito com o grupo que dispões ou sentes necessidade de o vir a reforçar?
CV - Estou muito satisfeito com o grupo, os reforços que lhe vamos acrescentar é o trabalho e a humildade.
CAPR- Quais são os objectivos desportivos para a época 2009/2010?
CV - O objectivo é sempre obter o melhor resultado, isso passa por tentar voltar a levar o Académico há primeira divisão, com respeito a todos os adversários, mas acho que é o lugar que merece. Neste inicio de época os resultados não são os esperados mas vamos superar esta fase menos positiva com mais trabalho e dedicação de todos aqueles que estão directa ou indirectamente envolvidos na equipa.
CAPR- Queres deixar uma palavra aos teus atletas?
CV - Na vida desportiva e pessoal, nunca deixem de acreditar na vossa humildade e no vosso trabalho. A vossa formação como homens passa essencialmente pela vossa vida escolar sendo que o desporto é um complemento da mesma.
CAPR– Sinónimo de felicidade no Académico para ti o que é?
CV - É o próprio académico estar vivo.
Obrigado Carlos e até uma próxima oportunidade.