Estamos a escassos dias de disputar o derradeiro jogo do campeonato de Infantis. A nossa classificação dá-nos a possibilidade, caso se vença este desafio, de garantir a subida automática à 1ª divisão deste escalão. Todos estamos imbuídos de um espírito de vitória, de confiança e muita crença. Os anteriores resultados e a nossa performance durante toda a época são naturalmente para muita gente o garante de um bom jogo e de uma esperada vitória. Garantidamente saberemos respeitar o nosso opositor mas não podemos esquecer que também eles querem ganhar e confirmar o excelente campeonato que fizeram. A nossa fé é inabalável e inconscientemente estamos a passar esta mensagem para os nossos atletas. Acrescento ainda, o facto do nosso pensamento estar sem limites e ultrapassar o que é minimamente razoável. A pressão que estes miúdos já devem sentir pode ser um factor desestabilizador e consequentemente o inevitável nervosismo e a ansiedade virem a afectar este grupo que orgulhosamente defende as cores do nosso Académico. Não podemos esquecer que para além do resultado que procuramos, há ainda mais dois que podem acontecer dentro dos factores inerentes ao jogo. Não quero passar a imagem do pessimismo e da descrença, mas simplesmente ser racional e refrear um pouco os ânimos já por si muito elevados. Não podemos esquecer que estamos a falar de miúdos com 11 e 12 anos que pretendem obviamente ganhar mas acima de tudo brincar, criar amizades e conviver. É nosso papel ter uma atitude pedagógica construtiva e não apenas pensar em ganhar, subir de divisão ou sermos campeões. Há mais vida para além destes feitos gloriosos. Estou certo das melhores intenções de todos mas teremos um papel importante na forma como abordamos a gestão destas emoções. Para finalizar, deixo aqui expressa a linha condutora do Académico para a formação: AS CRIANÇAS NÃO SÃO ADULTOS EM MINIATURAViva o Clube Académico de Pedras Rubras
João Paulo Rodrigues
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